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quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

Introduzindo o nosso retiro


A experiência de Israel com o seu Deus é a nossa experiência. É necessário, portanto, retomar sempre a história de nossos antepassados na fé, como quem retoma um álbum de família para aí, aprender de onde viemos, qual nossa história com o nosso Deus e, sobretudo, qual o seu modo de agir... Pio XI afirmava que, espiritualmente, somos todos semitas. Assim, Israel é cada um de ós; contemplando sua história, é a nossa própria vida que contemplamos: “Esses fatos aconteceram para nos servir de exemplo, a fim de que não cobicemos coisas más, como eles cobiçaram. Não os torneis idólatras como alguns dentre eles, segundo está escrito: “O povo sentou-se para comer e beber; depois levantaram-se para se divertir”. Nem nos entreguemos à fornicação, como alguns deles se entregaram (...), nem tentemos o Senhor, como alguns deles o tentaram, de modo a orrer pelas serpentes. Não murmureis, como alguns deles murmuraram, de modo a perecerem... Estas coisas lhes aconteceram para servir de exemplo e foram escritas para a nossa instrução, nós que fomos atingidos pelo fim dos tempos”... (1Cor 10,6-11).

Nossa meditação consistirá em acompanhar nossa história na história de Israel e, com as escrituras nas mãos, redescobrir o que o Senhor espera de nós e tomar consciência do modo como estamos respondendo ao chamado Senhor em nossa existência. O Senhor não muda nunca o seu proceder: ele é o Deus fiel a si mesmo e a nós. Como tratou Israel, nos trata a nós! Olhando
para Israel, contemplemo-nos e descobriremos que é para nós mesmos, para nossa história pessoal e eclesial que estaremos olhando.Recordemo-nos também que o Antigo Testamento
coloca-nos em contato com as experiências de um povo conduzido e plasmado pelo Espírito do Ressuscitado: “Ele, que falou pelos profetas”, fala pela história de Israel: “Esta salvação tem sido objeto das investigações e meditações dos profetas, que proferiram oráculos sobre a graça que vos era destinada. Perscrutaram a época e as circunstâncias indicadas pelo Espírito de Cristo, que
estava neles, profetizando os sofrimentos do Cristo e as glórias posteriores. Foi-lhes revelado que faziam, não para si mesmos, mas para vós estas revelações, que agora vos têm sido anunciadas por quem vos pregou o Evangelho da parte do Espírito Santo enviado do céu. Revelações estas que os próprios anjos desejam contemplar” (1Pd 1,10-12).

Enfim, a vantagem de um retiro com a Escritura é que na escuta da Palavra o Senhor falará como bem lhe convier na força daquela Palavra que é viva e eficaz.



Dom Henrique

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